Neste estudo, investigaremos a prática da imposição das mãos como expressão teológica, utilizando uma abordagem de análise baseada na perspectiva histórico-cultural. Nosso objetivo é compreender a cura espiritual relacionada a essa prática desde a antiguidade em um contexto histórico e cultural. A partir de uma análise dos conceitos da Prática Integrativa e Complementar, chegaremos na compreensão dos conceitos da prática teológica da imposição das mãos em diversas tradições religiosas, como o Cristianismo, Espiritismo Kardecista, religiões afro-brasileiras e a Igreja Messiânica Mundial do Brasil. Um olhar teológico dos princípios filosóficos, espirituais e cosmológicos subjacentes nas práticas de cura espiritual. Além disso, destacaremos a importância do equilíbrio e da busca pela cura espiritual como parte integrante das práticas religiosas. O texto também aborda a busca pelo autoconhecimento, a conexão com o Sagrado e a perspectiva de um caminho espiritual após a vida terrena. Em resumo, o artigo oferece uma análise dialética das práticas teológicas de cura espiritual em diferentes religiões e tradições, explorando a interconexão entre a espiritualidade e o bem-estar humano, com ênfase na imposição das mãos como prática teológica.
Palavras-chave: cura espiritual. imposição das mãos. práticas de cura. religiões. teologia prática.
As práticas integrativas e complementares surgiram em diferentes culturas como meio de buscar a cura para os enfermos. Essas práticas eram realizadas por pessoas que vivenciavam de forma única o Sagrado, utilizando métodos milenares de cura por meio de práticas terapêuticas em diversas tradições religiosas e espirituais, como o xamanismo, hinduísmo, budismo e cristianismo primitivo. No entanto, é importante ressaltar que ao longo da história, de acordo com os diferentes contextos culturais, muitas dessas vertentes foram consideradas pagãs ou hereges devido à intolerância religiosa por parte de grupos hegemônicos. Essa intolerância religiosa influenciou a construção social da humanidade ao longo do tempo.
Guilherme Palacios