A teoria das bioenergias é um conceito que propõe a existência de uma energia vital, invisível e fundamental, que circula por todo o organismo, influenciando o equilíbrio físico, emocional e espiritual de uma pessoa. Ela é frequentemente associada ao termo “energia vital” ou “prana”, utilizado em tradições como o yoga, ou “chi”, na medicina tradicional chinesa. De acordo com essa visão, o corpo humano não é apenas uma estrutura física, mas também um sistema energético complexo, onde a bioenergia circula de forma semelhante ao sistema nervoso, atingindo todos os órgãos e sistemas. Quando essa energia está em harmonia, a saúde e o bem-estar são preservados. Quando bloqueios ou desequilíbrios ocorrem, surgem doenças ou distúrbios emocionais.
Dentro desse contexto, os chakras desempenham um papel central como centros de energia localizados ao longo da coluna vertebral, desde a base até o topo da cabeça. Eles são considerados pontos de interação e captação de energias sutis, que influenciam diferentes aspectos do nosso ser. Cada chakra está associado a diferentes dimensões da experiência humana, como emoções, pensamentos, instintos e até comportamentos espirituais. Por exemplo, o chakra cardíaco (localizado no centro do peito) está relacionado ao amor e à compaixão, enquanto o chakra do plexo solar (na região do estômago) influencia a autoestima e a vontade.
Os chakras atuam como “portas” por onde a bioenergia entra e sai do corpo, permitindo que a energia vital flua livremente ou seja bloqueada. Quando há um desequilíbrio ou bloqueio em um chakra, isso pode afetar a saúde física e emocional de uma pessoa, criando uma sensação de desconforto ou até doenças. Práticas de cura energética, como a meditação, a acupuntura, ou o Reiki, muitas vezes buscam equilibrar e harmonizar os chakras, restaurando o fluxo adequado de energia no corpo e, assim, promovendo o bem-estar.
A compreensão dos chakras e das bioenergias está muito ligada à ideia de que interagimos constantemente com o ambiente e as pessoas ao nosso redor, captando e emitindo energias sutis. Esse conceito de interação energética pode ajudar a explicar, em parte, como as pessoas podem absorver ou liberar as chamadas “energias negativas”, conforme a dinâmica de suas interações e seu estado emocional. Portanto, a absorção de energias negativas de outras pessoas poderia ocorrer quando esses centros de energia estão mais vulneráveis ou em desequilíbrio, o que tornaria a pessoa mais suscetível às influências externas.
Esses conceitos, embora não confirmados pela ciência convencional, são amplamente discutidos em diversas tradições espirituais e terapias alternativas, onde se acredita que ao restaurar o equilíbrio da bioenergia e dos chakras, é possível melhorar a saúde física, mental e emocional.
O fenômeno de absorver energias negativas de outras pessoas, assim como os mecanismos pelos quais essas energias seriam eliminadas, é um tema fascinante que transita entre as interações humanas e o campo emocional. Embora ainda não exista uma comprovação científica sólida sobre a natureza dessas energias, muitas pessoas relatam vivenciar os efeitos desse processo em seu cotidiano, de maneiras que vão desde sensações de cansaço até alterações no estado emocional.
Em um nível simbólico, a energia humana pode ser vista como representativa dos estados emocionais e psicológicos, funcionando como um reflexo da nossa condição interna. Acredita-se que, ao interagirmos com os outros, principalmente em momentos de estresse, ansiedade ou conflitos, podemos absorver suas emoções negativas. Isso ocorre devido à nossa capacidade de empatia, que nos permite nos conectar profundamente com as emoções alheias, muitas vezes inconscientemente.
Os “efeitos colaterais” dessa absorção de energias negativas podem se manifestar de diversas formas. Há quem relate sentir-se sobrecarregado emocionalmente, com uma sensação de exaustão inexplicável, irritabilidade ou até mudanças bruscas de humor. Essas consequências podem impactar negativamente a nossa energia vital, afetando o equilíbrio emocional e, em alguns casos, até a saúde física. No entanto, é importante destacar que a percepção desse fenômeno varia de pessoa para pessoa, com alguns indivíduos sendo mais suscetíveis a tais efeitos, enquanto outros parecem não apresentar reações visíveis.
A eliminação dessas energias indesejadas geralmente está ligada a práticas de autocuidado e limpeza energética, que buscam restaurar o equilíbrio perdido. Muitas pessoas recorrem a técnicas como meditação, visualização, banhos de sal ou ervas, além de atividades espirituais, como rezas ou rituais. Outras preferem exercícios físicos ou técnicas de relaxamento, como o yoga, para ajudar a dissipar essas energias. Embora tais práticas careçam de uma base científica robusta, muitas delas têm se mostrado eficazes no alívio do estresse emocional e na promoção de uma sensação de renovação e bem-estar.
É essencial abordar esse tema com uma mente aberta, pois a ciência ainda não tem uma explicação definitiva para o fenômeno da absorção e eliminação de energias negativas. Entretanto, é possível entender esse fenômeno à luz da psicologia, considerando a interação emocional entre as pessoas e o impacto que a troca de energias pode ter em nossa saúde mental. A empatia, as dinâmicas sociais e as interações emocionais desempenham um papel crucial nesse processo, e a percepção das energias externas pode estar intimamente ligada à nossa própria disposição emocional e psicológica.
Em resumo, o fenômeno de absorver energias negativas de outras pessoas e seus efeitos colaterais é uma experiência subjetiva e multifacetada, que varia conforme o indivíduo e o contexto em que ocorre. Embora muitas pessoas acreditem na existência dessas energias e compartilhem suas vivências pessoais, a ciência ainda está distante de uma explicação conclusiva. Contudo, práticas de autocuidado, como a limpeza energética e o autoconhecimento, continuam a ser ferramentas valiosas para o manejo do bem-estar emocional e psicológico de muitos indivíduos, ajudando-os a lidar com os desafios do cotidiano e a manter seu equilíbrio interior.
Film by Eleonora Stella Hariyono Oei
Music by Alia Martin
